O nome científico da alcaparra é Capparis spinosa, uma planta em forma de arbusto originária da região mediterrânica.
A planta nasce e se desenvolve melhor em encostas ensolaradas, sendo espontânea onde existem muito calor e sol. Tem preferência por ambientes áridos, em solo calcário, e pode ser cultivada em terreno pedregoso e pouco profundo.
A parte utilizada do alimento é o botão da flor, sendo ele muitas vezes consumido em vinagretes, em molhos e em pratos com peixe ou carne de sabor mais suave. Já na Grécia antiga, foi utilizada como um calmante. Ao contrário de muitos outros temperos, mesmo depois do cozimento, a alcaparra mantém o sabor e o aroma.
Os princípios ativos da alcaparra são o ácido cáprico, os flavonoides, o glicoparósido e o óleo essencial. Por conta de suas propriedades medicinais, a planta atua como adstringente, afrodisíaco, antiespasmódico, aperiente, calmante, diurético, estimulante do estômago, tônico e vermífugo. Possui vitaminas A, B, B1, B2, B3 e C, sendo este último um poderoso combatente dos radicais livres. A alcaparra é também indicada para casos de nevralgias, sobretudo a ciática. Além disso, ela aumenta a diurese, melhora o funcionamento do fígado, abre o apetite e combate a flatulência.
O tempero conta ainda com um baixo valor de calorias e gorduras. Por isso, pode ser usado no preparo de alimentos de quem está em dieta. A alcaparra contém sódio, cálcio, ferro, magnésio, vitaminas e outros nutrientes. Sua grande quantidade de flavonoides antioxidantes faz com que ela proteja algumas células, fazendo bem para o colesterol e para o antienvelhecimento.
Contudo, um cuidado deve ser tomado devido ao seu alto valor de sódio por ser a planta processada em salmoura. Por isso, aqueles que sofrem de hipertensão devem evitar o consumo, e mesmo quem não sofre deve consumir a alcaparra com moderação.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS