O tomate tem esta vocação: é rico, muito rico em licopeno, uma substância defensora do corpo humano e que dá a cor vermelha extraordinária ao tomate.
Portanto, quanto mais vermelho esse fruto estiver, mais rico de licopeno estará.
Em recentes estudos, ficou demonstrado seu papel na prevenção do câncer, especialmente o de próstata – segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros. Na Universidade de IIIinois, nos Estados Unidos, cientistas confirmaram em laboratório sua ação protetora em células da glândula.
Embora haja bons indícios de que o licopeno ajuda a afugentar outros tumores, inclusive nas mulheres, a íntima associação com a blindagem da próstata já começa a ser explicada. Segundo os pesquisadores, um de seus destinos preferidos é aquela região que a ala masculina defende com mãos, unhas e dentes (órgão sexual). Não à toa, os países com menor incidência de câncer de próstata no mundo, entre eles a Grécia e a Turquia, têm o tomate na base de sua dieta.
Metido, o senhor tomate não se convida para entrar em nossa cozinha apenas para participar de expedições antitumorais. Ele também quer espaço no coração da família. Ainda bem.
Pesquisadores da Tufts University, em solo americano, revisaram uma penca de estudos publicados na última década sobre o impacto do licopeno no sistema cardiovascular. Eis a conclusão: a ingestão diária da substância está associada a uma redução de 26% no risco de doenças cardíacas.
Nessa história, o cérebro também se dá bem: uma pesquisa finlandesa publicada no jornal da Academia Americana de Neurologia constatou que pessoas que consumiram o fruto e os produtos à base dele corriam um risco 55% menor de sofrer um derrame.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição da PUC Minas)