O desenvolvimento do sistema imune depende das “instruções” dos micro-organismos comensais residentes no intestino (microbiota intestinal), local onde há a maior presença de tecido linfoide, que possui alta quantidade de linfócitos (células de defesa do corpo).
As doenças associadas a respostas imunes anormais contra os antígenos e as inflamações têm aumentado rapidamente ao longo dos últimos 50 anos. Entre elas estão a doença inflamatória do intestino (IBD), a esclerose múltipla (MS), o diabetes tipo 1 (DM1), as alergias e a asma.
Estudos recentes vêm identificando os mecanismos responsáveis por induzir o desenvolvimento imune dentro do hospedeiro, dos quais as bactérias do gênero Lactobacillus mostram ter papel importante.
No campo de batalha entre as bactérias benéficas e as maléficas presentes no intestino, as benéficas aliadas à administração de probióticos vão atuar de maneira competitiva com as patogênicas, exercendo sua ação de diferentes maneiras:
»» Digerem os alimentos e concorrem com os micro-organismos patogênicos
»» Alteram o pH local, criando um ambiente desfavorável para as bactérias maléficas
»» Neutralizam os radicais superóxidos, reduzindo o estresse oxidativo da mucosa intestinal
»» Estimulam a produção natural de mucina (proteção da mucosa intestinal)
»» Concorrem por aderência com os patógenos
»» Modificam as toxinas das bactérias patogênicas
»» Aumentam os níveis de células de defesa do corpo
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição pela PUC Minas)