Sim, todos nós temos uma glândula que se chama tireoide, fica localizada na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão, com o formato de uma borboleta.
A função da tireoide é produzir, armazenar e liberar hormônios tireoidianos na corrente sanguínea, os quais são fundamentais para o funcionamento normal de todos os órgãos, incluindo o coração, o pulmão e o cérebro, além de desempenhar uma função altamente relevante na regulação do metabolismo do organismo por atuar na termogênese e no gasto calórico, uma vez que ela modula nossa taxa metabólica, acelerando o gasto energético e controlando a produção endógena de calor.
As disfunções na produção glandular (hormônios T3 e T4) levam a transtornos importantes para o indivíduo. A redução dos níveis hormonais, chamada de hipotireoidismo, promove desde variações do peso corpóreo até sintomas como perda de memória, obstipação intestinal (intestino preso), desânimo, cansaço, retenção de líquido, dificuldade de engravidar, queda de cabelo, dores musculares e elevação dos níveis do colesterol, levando ao indivíduo uma maior tendência ao ganho ponderal (gordura), à diminuição da termogênese e do gasto energético em até 50%, o famoso metabolismo lento.
Em contrapartida, os indivíduos com hipertireoidismo (elevação dos hormônios T3 e T4) têm exatamente o inverso, pois nesse caso ocorrem perda de peso, apesar do apetite aumentado, diarreia ou aumento do trânsito intestinal, taquicardia, insônia, irritabilidade, ansiedade e alterações menstruais.
Infelizmente, muitos desses sintomas são comuns hoje, na vida moderna, pois estão relacionados ao excesso de trabalho e ao estresse do dia a dia, e só a minoria dos casos em que esses sintomas estão presentes significa um mau funcionamento da tireoide.
É relevante ressaltar que o uso indiscriminado e sem indicação do hormônio pode causar danos muito graves, sendo os mais comuns: arritmias, osteoporose, alteração da pressão arterial e do humor.
É de fundamental importância procurar um médico para que ele faça uma avaliação completa.
Referência: http://veja.abril.com.br/