Um grande interesse no açafrão como substrato energético e regenerativo para condições cerebrais tem crescido rapidamente. Essa tendência pode ser devido ao aumento da prevalência de condições neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, bem como do câncer cerebral e das desregulações metabólicas prejudiciais cognitivas associadas ao diabetes tipo 2.
Em um estudo publicado em “Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition e intitulado”, o Turmeric improves post-prandial working memory in pre-diabetes independent of insulin (Açafrão melhora a memória de trabalho pós-prandial em pré-diabetes independentemente da insulina) deixa claro o perfil terapêutico contido no antigo tempero indiano na prevenção do comprometimento cognitivo relacionado ao pré-diabetes e à demência.
O estudo teve 48 participantes de 60 anos com pré-diabetes diagnosticados e não tratados. Receberam placebo, açafrão (1.000 mg), canela (2.000 mg) ou ambos (1.000 mg e 2.000 mg, respectivamente), ingeridos em um pão branco (119 g), no café da manhã.
Foram avaliados os seguintes parâmetros:
· Memória pré e pós-trabalho (MT);
· Respostas glicêmica e de insulina;
· Biomarcadores da doença de Alzheimer (medidos em 0, 2, 4 e 6 horas): proteína precursora amiloide (APP); γ-secretase subunidades presenilina-1 (PS1); presenilina-2 (PS2); glicogênio sintase quinase (GSK-3β);
Foi detectado no estudo que uma modesta adição de 1 g de açafrão em um café da manhã melhorou a memória de trabalho (MT) durante seis horas em pessoas mais velhas com pré-diabetes – o que não ocorreu com 2 g de canela.
Texto: Stefani Rocha