Esta é uma dúvida de praticamente todas pessoas que vão começar uma atividade física. Ela sempre divide opiniões. Será que vale à pena reservar os minutos iniciais do tempo de treino para o alongamento? De acordo com uma pesquisa do Instituto de Medicina do Esporte de Copenhague na Dinamarca, a resposta é NÃO!
Os cientistas revisaram as informações de 25 experimentos sobre o tema, com mais de 26 mil voluntários, e concluíram que o estica-e-puxa simplesmente não afasta contusões. A investigação contemplou principalmente aqueles alongamentos rápidos executados nos instantes que antecedem os treinamentos – caso dos tradicionais dez segundos de pernas puxadas ou das tentativas de alcançar o chão com a ponta dos dedos sem dobrar os membros inferiores.
Mas, calma, as técnicas para espichar braços, pernas, e afins ainda parecem ter seu espaço. Os especialistas defendem e indicam que elas sejam encaradas como uma atividade em si – cujo objetivo é ganhar amplitude muscular – e não como uma obrigação antes de suar a camisa.
O alongamento depois da atividade precisar ser leve, já que o objetivo é relaxar os músculos, liberando a tensão do esforço contínuo. É contraindicado esticá-los na sequência de uma atividade muito pesada, pois isso pode levar a espasmos e contraturas.
DESAQUECER PARA NÃO FRITAR
Há uma ideia geral de que reduzir a intensidade nos momentos finais do exercício diminuiria ocorrências doloras. Para testar a afirmação, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e tecnologia reuniram 36 voluntários num treino cansativo. Uma parte aliviou o esforço no finalzinho da experiência, enquanto a outra manteve o ritmo constante até os últimos segundos. Curiosamente, aqueles que pisaram no freio aos poucos relataram sentir mais incômodos depois do trabalho exigente – sinal de que a ação não tem influência na prevenção contra lesões. Mas o desaquecimento é importante porque restaura os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea gradualmente. A mudança brusca às vezes causa mal estar e tonturas.