O óleo de coco apresenta uma das melhores características para ser utilizado na culinária, pois, diferentemente dos outros óleos populares, seu smoke point é alto.
O smoke point de um óleo ou duma gordura indica a temperatura limite que ele suporta antes da liberação de compostos voláteis que degra¬dam suas propriedades benéficas.
Estudos científicos mostram que seu uso está associado à redução dos triglicerídeos, do LDL (colesterol ruim) e da circunferência abdominal, ao aumento do HDL (colesterol bom), à prevenção de doenças cardiovasculares, à melhora da circulação sanguínea, ao emagrecimento, ao antienvelhecimento e à otimização do sistema imune.
Além dessas propriedades extraordinárias, de acordo com estudos realizados com a substância, o óleo de coco pode ser empregado até mesmo em produto de limpeza oral. Sim, o uso dele na mucosa oral, como um ingrediente da pasta de dente ou enxaguatório, mostrou-se capaz de atuar como antisséptico, prevenindo cáries e gengivites.
Muitas ações do óleo de coco se dão pela presença dos ácidos graxos – os ácidos láurico, cáprico e caprílico – nele, os quais exercem, por exemplo, ações antimicrobiana, antiviral e antifúngica contra diversos micro-organis¬mos causadores de problemas como candidíase e diarreia.
Até mesmo no tratamento de Alzheimer foi possível associar o óleo de coco, que apresentou resultados promissores: além de exercer efeitos positivos sobre alguns fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, o óleo de coco tem mostrado melhoria no processo de cognição dos pacientes. Isso porque sua metabolização pelo fígado pode gerar corpos cetônicos – importante fonte de energia alternativa para o cérebro –, beneficiando o comportamento da memória.
Estudos mostram também potenciais efeitos anti-inflamatório e antioxidante em relação à artrite. A inges¬tão diária do óleo de coco sob a forma virgem foi capaz de reduzir marcadores inflamatórios, além de aumentar enzimas antioxidantes e glóbulos brancos. A suplementação desse alimento também mostrou resultados que podem ajudar no estado funcional e na qualidade de vida em pessoas que se submetem à quimioterapia.
Então, está esperando o que para colocar esse alimento maravilhoso em sua alimentação?
Texto por Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição PUC – MINAS)
Referência: revista “Essentia Pharma” (10ª edição)