Esse mineral se tornou famoso por ajudar em doenças como diabetes e problemas digestivos. Descubra se ele cumpre mesmo o que promete. Normalmente, tudo que conseguimos desse mineral vem da alimentação. Ao jogar em sites de busca o termo “cloreto de magnésio”, surgem inúmeras possibilidades terapêuticas.
É possível encontrar promessas de melhora para doenças como artrose, hipertensão, diabetes, entre outras. Males modernos que podem ser resolvidos com um simples pozinho, à venda on-line ou em farmácias, sem mesmo precisar de receita médica. Mas se houvesse um remédio tão eficiente assim, não deveria ser notícia de capa de todos os jornais?
O cloreto é uma das formas de suplementar o mineral no corpo. “Existem vários outros sais de magnésio, como sulfato, glutamato, citrato etc., mas a presença do cloro estimularia melhor a absorção”, dizem os especilistas. Outra vantagem está no preço e acessibilidade desse item.
Informações genéticas corretas
Tudo isso porque esse elemento químico é multiuso dentro de nosso organismo. Ao todo, estima-se que participa de 300 reações bioquímicas dentro de nós. Ele ajuda a manter a massa muscular normal, a função dos nervos e o ritmo cardíaco regular, suporta um sistema imunológico saudável e mantém os ossos fortes.
Entre as suas funções, está, por exemplo, a síntese do nosso material genético, o DNA e o RNA, que determinam a produção de proteínas no nosso corpo. Ao participar desse processo, também garante que as informações genéticas sejam passadas corretamente na divisão e multiplicação das células.
Reservas em falta
Normalmente, tudo que conseguimos desse mineral vem da alimentação. Ele pode ser encontrado em frutas, como abacate e banana, em verduras, como espinafre, couve e quiabo, em grãos, como cevada, granola, arroz integral, farelo de milho, cevada, gérmen de trigo, aveia em grãos inteiros, em sementes, como nozes, de abóbora e gergelim, e em itens como leite, melaço, mandioca, camarão, lentilhas etc.
As quantidades recomendadas de ingestão do nutriente aumentam ao longo da vida. Dos seis meses aos 13 anos de idade, eleva-se de 30 para 240 mg por dia. Na adolescência, iniciam-se as diferenças de gênero: 360 mg diários para as mulheres e 410 mg para os homens. Quando a queda acontece, o corpo manifesta carência em diversos sintomas, como fechamento na garganta, bloqueio da respiração, tremores, cefaleia, vertigem, fadigas matinais, insônia e câimbras, lista Mizumoto. E diabéticos e hipertensos têm menor quantidade do mineral.
Suplementar ou não?
O magnésio não é a resolução de todos os problemas. Muitas vezes um mesmo grupo de sintomas, idênticos na superfície, tem origens que variam de pessoa para pessoa. Cada doença é algo singular que acontece por razões únicas. Portanto, a razão de alguns desses problemas não é a ausência do mineral e aumentar sua ingestão não trará melhoras. Aliás, se a suplementação for feita por conta própria, poderá ser perigosa. Afinal, os minerais do nosso corpo regulam uns aos outros.
Fontes naturais
Conheça os alimentos que são ricos em magnésio, incorpore-os na sua dieta diária e absorva direto da fonte todos os seus benefícios.
Linhaça – 347 mg – 1 xícara de chá
Farinha de soja – 242 mg – 1 e 1/3 xícara de chá
Feijão carioca – 210 mg – 6 colheres de sopa
Amendoim 171 mg – 10 colheres de sopa
Café torrado – 165 mg – 1 xícara
Noz – 153 mg – 20 unidades
Grão-de-bico – 146 mg – 4,5 colheres de sopa
Espinafre – 123 mg – 4 colheres de sopa
Farinha de centeio integral – 120 mg – 6,5 colheres de sopa
Flocos de aveia – 119 mg – 10 colheres de sopa
Arroz integral – 110 mg – 4 colheres de sopa
Chocolate meio amargo – 107 mg – 2 unidades pequenas
Lentilha – 94 mg – 5,5 colheres de sopa
Pipoca sem sal – 91 mg – 6,5 xícaras
Açúcar mascavo – 80 mg – 10 colheres de sopa
Fonte: Revista VivaSaúde – Edição 138