Estudo recente encontrou ligação entre o nível de vitamina D no sangue da mãe durante a gestação e a incidência de autismo na infância do filho.
De acordo com a descoberta, mulheres que apresentam deficiência da vitamina na 20ª semana de gravidez possuem chances maiores de ter filhos com traços de autismo até os 6 anos.
Pesquisas comprovam que, se houver maior distribuição de vitamina D para gestantes, ocorrerá uma redução nos casos de autismo. “Foi realizada uma pesquisa pelo professor John McGrath, do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, que apresentou novas provas de associação entre baixa vitamina D e transtornos do neurodesenvolvimento”, afirmou o professor especialista em autismo e em desenvolvimento infantil Andrew Whitehouse em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”.
Mas, por mais que essa descoberta seja importante, a falta de vitamina D não pode ser considerada um fator exclusivo que leva ao autismo. “Existem provavelmente dezenas, para não dizer centenas, de mecanismos diferentes que podem levar ao autismo”, disse ele.
Outro trabalho, publicado neste ano pelo “Diário de Alergia e Imunologia Clínica da Austrália”, mostra que a vitamina D não é essencial apenas na gestação, mas também na primeira década de vida da criança, porque está associada à manutenção de ossos saudáveis, além de estabelecer relação com o crescimento cerebral. Sua ausência, portanto, pode levar à esquizofrenia, à densidade óssea reduzida e a transtornos alérgicos, como asma e eczema, durante a infância da pessoa.
A deficiência de vitamina D pode ser descoberta através de um exame de sangue. E os resultados que apresentam menos de 25.0 nmols são considerados deficientes. Outros sintomas clássicos da insuficiência da vitamina no organismo são gripes e dores musculares.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição da PUC Minas)
Fonte: “Saúde – iG” (@ http://saude.ig.com.br/