Pesquisadores da Universidade de Umeå, na Suécia, vêm demostrando que, antes mesmo de nascermos, podemos estar condenados a termos doença celíaca. É que o número de crianças portadoras da enfermidade, que gera intolerância ao glúten, tem aumentado a cada dia.
Cientistas suecos investigaram em um estudo quais fatores relacionados ao estilo de vida, principalmente da mãe, poderiam ter a ver com esse aumento de casos de intolerância ao glúten. Foi quando começaram a ligá-losa cesáreas, a infecções urinárias durante a gravidez e ao local de nascimento dos bebês.
De acordo com Fredinah Namatovu, um dos pesquisadores, “isso pode indicar que esses fatores contribuem para o desenvolvimento de micro-organismos patogênicos desfavoráveis no início da vida – um fator associado ao desenvolvimento da doença celíaca”. Isso quer dizer que a enfermidade está ligada à alteração do microbioma humano, ou bactérias que vivem dentro de nós. O parto por cesariana, por exemplo, impede que o bebê receba micro-organismos importantes do canal vaginal materno, sendo assim, ocasiona um grande desequilíbrio na formação da microbiota.
Algumas ações que visam à prevenção da doença se apoiam nas campanhas que promovem o parto normal e a redução do uso de antibióticos, já que eles causam desbiose (desequilíbrio entre as bactérias intestinais e patogênicas).
O estudo também apontou que a exposição a infecções virais é outro fator de risco. Os cientistas observaram que crianças nascidas no sul da Suécia tinham um risco maior de desenvolver a doença. Namatovu explica: “Entre os médicos suecos sabe-se que as epidemias anuais do vírus sincicial respiratório (VSR) normalmente começam no sul e depois se espalham para o norte, o que aumenta a força da hipótese das infecções virais”.
Fica o alerta!
Referência:http://exame.abril.com.br/