Por muitos anos, mulheres com mamas pequenas sofreram com a impossibilidade de solucionar este problema. Inúmeras foram as tentativas ao longo dos séculos na procura de um meio que pudesse aumentar o volume mamário de forma eficiente e segura, melhorando assim tanto o aspecto estético quanto a auto-estima das pacientes. Entretanto, foi apenas no início dos anos 60 com a invenção dos implantes de silicone, um material inerte e muito resistente, que a solução definitiva para as mulheres com hipotrofia mamária(mamas pequenas) tornou-se possível.
Diversas são as causas para o baixo desenvolvimento mamário, destacando-se principalmente o fator genético, mas outras causas como distúrbios hormonais e cicatrizes durante a infância(exemplo: sequelas de queimaduras) também devem ser lembradas. Inicialmente, apenas mulheres de maior poder aquisitivo podiam ser submetidas ao implante mamário, já que o custo do material era muito elevado e ainda eram poucos os cirurgiões que realizavam a cirurgia, mas com o tempo o custo de produção dos implantes diminuiu, bem como aumentou o número de profissionais capacitados e experientes na realização deste tipo de procedimento. Hoje em dia, a mamoplastia de aumento tornou-se a segunda cirurgia plástica mais realizada no mundo, perdendo apenas da lipoaspiração(procedimento ainda mais recente), e é uma das cirurgias estéticas mais seguras e rápidas, com baixíssimo número de complicações e taxa de satisfação muito alta, encontrando-se bastante acessível à maioria da população feminina.
Atualmente são vários os fabricantes de implantes, formatos, volumes, texturas disponíveis e planos de introdução, devendo esta escolha ser feita pelo cirurgião em conjunto com a paciente. Quanto ao volume, nem sempre a paciente tem razão, uma vez que volumes muito exagerados, muito populares nos Estados Unidos, também estão associados a uma maior taxa de complicações, além da deformidade que muitas vezes podem causar, cabendo ao cirurgião plástico orientar a paciente, procurando sempre o resultado o mais natural possível. Quanto ao formato, existem os implantes redondos e os anatômicos, que são aqueles com o formato mamário, sendo os redondos os mais utilizados atualmente. Finalmente, quanto à textura, são classificados em implantes com cápsula de revestimento liso ou texturizado, sendo os últimos os mais usados devido ao menor número de complicações a longo prazo. Existem ainda dois planos ou locais de introdução dos implantes: o retroglandular(atrás da glândula mamária), plano utilizado pela maioria dos cirurgiões, e o retromuscular(atrás do músculo peitoral maior), muito utilizado em pacientes com um volume mamário muito reduzido, onde a prótese poderia ficar muito aparente, e em pacientes que necessitam de cirurgia para suspensão das mamas(mastopexia).
No entanto devemos lembrar que a mamoplastia de aumento é uma cirurgia e que, apesar de muito raras, está sujeita a complicações como qualquer outro procedimento. Dentre as complicações recentes mais comuns encontra-se o hematoma, causado por um grande sangramento na área de descolamento, e a infecção, que na maioria das vezes exige a retirada da prótese para seu tratamento. A complicação tardia mais frequente é a chamada contratura capsular, que atinge cerca de 4% dos pacientes, e nada mais é do que uma reação excessiva do organismo à presença do implante, formando uma cápsula endurecida em torno deste e muitas vezes dolorosa, podendo também necessitar da retirada do mesmo.
A mamoplastia de aumento é uma cirurgia cada dia mais procurada, pois tornou possível a realização do sonho de muitas mulheres que se sentiam incomodadas com a aparência das mamas, um dos maiores símbolos da feminilidade. Entretanto é importante lembrar que apesar de todos os benefícios, não é um procedimento isento de riscos, cabendo ao cirurgião plástico orientar corretamente o paciente, bem como tomar todas as precauções possíveis para que a cirurgia ocorra de forma segura e o paciente se sinta satisfeito com o resultado alcançado.
Dr. Elton Silva de Andrade
Site: www.eltonandrade.com.br