Com o passar dos anos, ocorre uma mudança no corpo humano, a qual pode ser observada através da diminuição da massa e da função muscular (sarcopenia), bem como da taxa metabólica, com o consequente aumento da massa gorda.
Estudos vêm sugerindo que o ácido graxo de cadeia longa ômega-3 (contendo DHA e EPA), encontrado predominantemente em peixes gordos e crustáceos, possa ser eficiente para amenizar essas mudanças.
De uma maneira simplificada, o balanço contínuo entre o anabolismo e o catabolismo é o que define o ganho ou a perda muscular. Quando o anabolismo predomina sobre o catabolismo, o corpo pode construir tecido muscular; já quando o catabolismo ocorre com mais frequência, o tecido muscular começa a ser ‘digerido’, ficando degradado. Em outras palavras, perdem-se músculo e outros tecidos.
Um estudo de revisão, recentemente publicado (2016) no “Current Nutrition Reports”, investigou a influência da suplementação de ômega-3 em populações mais adultas, no contexto da longevidade aliada à qualidade de vida.
Verificou-se que a suplementação do ácido graxo ômega-3 pode não só melhorar a força e a função muscular, como potencializar a qualidade do músculo. Como resultado, sua suplementação parece ser uma abordagem terapêutica promissora para o equilíbrio do potencial anabólico e, consequentemente, para a prevenção da sarcopenia em adultos mais velhos.
Referência: Smith GI. The Effects of Dietary Omega-3s on Muscle Composition and Quality in Older Adults. Curr Nutr Rep, 2016. DOI 10.1007/s13668-016-0161-y
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha (Estagiaria de Nutrição – PUC MINAS)