Estudos científicos anteriores sugeriram que a proteína alimentar é o macronutriente mais saciador. Isto também foi confirmado por um novo estudo sueco no encontro anual da Associação para o Estudo da Obesidade (Association for the Study of Obesity, ASO) em Londres. Além disso, o estudo mostrou que o efeito saciador pode realmente ser atribuído ao teor proteico e não às alterações nas quantidades de outros macronutrientes.
Nesse estudo, cientistas da Universidade de Lund incluíram 36 adultos saudáveis (média de idade 27 anos) com um IMC médio de 24,3. Os participantes do estudo receberam um café da manhã consistindo de sete bebidas de 600 ml, que não apenas tinham o mesmo teor energético e densidade energética, mas também tinham sabor, cheiro e aparência semelhantes. Mas havia diferença no teor proteico (9, 24 ou 40 por cento) assim como na proporção carboidrato-gordura (0,4, 2 ou 3,6).
Todos os participantes consumiram as bebidas em ordem aleatória. Foram coletadas amostras de sangue antes do café da manhã e no momento até o almoço 3,5 horas depois (no qual os participantes foram autorizados a comer até que se sentissem satisfeitos).
Em média, o apetite foi suprimido quanto maior o teor proteico. Após consumir a bebida com 40 por cento de proteína e uma proporção de carboidrato-gordura de 0,4, a concentração da glicemia sanguínea era a mais baixa e a liberação do marcador de saciedade GLP-1 [glucagon-like peptide-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1)] foi mais alta.
O teor proteico do café da manhã não teve efeito no consumo energético durante o almoço. Houve, no entanto, uma tendência mostrando que o teor elevado de proteína levou à redução do consumo de energia mais tarde, mas sem alcançar significância estatística