A calvície também afeta as mulheres e pode ser sinônimo de ansiedade e de sofrimento emocional. E o cabelo é um ícone para toda mulher. Diferentemente do que ocorre com os homens, as mulheres não ficam totalmente calvas. Elas têm os fios da linha da testa preservados e não ganham entradas, mas o cabelo da parte de trás e do alto da cabeça vai ficando mais ralo. Dependendo do estágio, é possível ver o couro cabeludo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, de 25% a 30% das brasileiras entre 35 e 50 anos apresentam ou vão apresentar algum grau de calvície. E é importante elas ficarem atentas aos sinais para perceberem a diferença entre a perda normal de cabelos e a intensificação da queda. A perda só deve preocupar se os fios começam a se acumular no ralo da pia ou do chuveiro, na escova, nas roupas ou no travesseiro.
Especialistas dizem que a calvície é uma manifestação fisiológica que ocorre devido à herança genética, sendo que esse histórico pode vir tanto do lado da mãe como do do pai. A perda dos cabelos geralmente se inicia depois da puberdade. A partir daí, a evolução é lenta, podendo ocorrer uma rarefação dos fios, que se tornam finos e ficam com o tamanho diminuído. As mulheres dificilmente se tornam carecas, mas isso pode acontecer, principalmente nas mais velhas. É sempre importante se cuidar e manter os cabelos sadios.
Causas da queda
O cabelo pode perder o aspecto saudável por diversos motivos, dentre eles alterações nutricionais, manifestações genéticas, irregularidades hormonais, inflamações no couro cabeludo, exposição excessiva ao sol ou mesmo à fumaça de cigarros e à poluição. A predisposição genética determinará o grau de queda dos cabelos, mas o excesso de hormônios masculinos pode contribuir para o agravamento da queda. O uso de produtos químicos em processos como colorações, relaxamentos e escovas dos mais variados tipos também pode agredir os cabelos.
Um dos tipos mais comuns de queda de cabelo é o eflúvio telógeno, que se caracteriza pela diminuição intensa dos fios em toda a cabeça. A queda pode ser aguda ou crônica e, geralmente, é causada por febre alta, dengue, anemias, dietas radicais, medicamentos e no pós-parto. Outras causas são os traumas cirúrgicos, o estresse e doenças sistêmicas, como diabetes e problemas na tireoide.
A alopécia areata, perda de cabelo ou de pelos localizada em áreas bem-delimitadas, ocorre, de acordo com os especialistas, entre 1% e 2% da população, afetando ambos os sexos, podendo surgir em qualquer idade. A perda de cabelo é assintomática, mas alguns pacientes se queixam de prurido ou queimação, que precedem o aparecimento das placas.
Vale lembrar que existe também a queda em pacientes submetidos a tratamentos de radioterapia ou quimioterapia. Nesse caso, normalmente, o nascimento dos cabelos volta ao normal logo após o fim do tratamento.
Fonte: revista “Longevidade em Foco” (ano2/2013)