Eles são saborosos, práticos e cativam pelos sabores variados, mas, por trás daquele refresco, há um perigo e um risco para a saúde. Uma pesquisa apresentada durante um congresso da Associação Americana de Cardiologia traz um alerta importante: esse tipo de bebida pode estar associado a 180 mil mortes por ano em todo o mundo. O trabalho foi realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvad, nos Estados Unidos, que usaram como fonte de dados o estudo “The Global Burden of Disease” (“O Peso Global da Doença”), feito em 2010. Nele, os pesquisadores relacionam a ingestão de bebidas açucaradas a 133 mil mortes por diabetes, a 44 mil mortes por doenças cardiovasculares e a 6.000 mortes por câncer. De acordo com o levantamento, cerca de 80% dessas mortes ocorreram em países com população de média e baixa rendas.
Os especialistas afirmam que o consumo das bebidas açucaradas pode gerar resistência à insulina e levar ao diabetes tipo 2, além de aumentar o risco de obesidade. Eles analisaram a quantidade consumida de bebidas por idade e sexo; os efeitos das iguarias na taxa de obesidade, de doenças cardíacas, de certos tipos de câncer e de diabetes, bem como o impacto das mortes relacionadas a essas doenças. Os cientistas acrescentaram à publicação a informação de que o fato de milhares de mortes estarem associadas ao consumo de bebidas industrializadas açucaradas não significa que os produtos provocam diretamente esses óbitos. Segundo eles, o que existe é uma relação entre o hábito frequente e o consumo desses produtos que podem elevar o risco de doenças graves.
No Brasil, foi elaborado um estudo parecido, cujo público-alvo era formado por crianças e adolescentes. Professores da Universidade de São Paulo (USP) analisaram os reflexos do aumento do consumo de refrigerantes, de sucos de caixinha e de outras bebidas altamente calóricas entre crianças e adolescentes. Os pesquisadores acompanharam 831 pacientes, entre meninos e meninas, com idades variando de 3 a 17 anos. A pesquisa descobriu que, à medida que as crianças iam crescendo, o consumo de leite era reduzido, dando lugar ao aumento da ingestão de sucos e de refrigerantes. Os resultados mostraram que, entre adolescentes de 11 e 17 anos, a maior parte das calorias consumidas vem de refrigerantes ou de sucos de caixinha; bebidas açucaradas ficam em segundo lugar, com índices entre 37% e 45% de calorias, nos grupos de 3 a 6 anos e de 7 a 10 anos, respectivamente.
Fonte: revista “Longevidade em Foco”
achei legal e muito efeciente