Pacientes fechados, com iluminação artificial, ficam longe da principal fonte de vitamina D, o sol. Em um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) com 603 de seus funcionários, com idades que variavam de 18 a 90 anos, verificou-se que 77% dos participantes tinham algum grau de hipovitaminose D, ou seja, baixos níveis da vitamina.
Esses baixos níveis são associados a doenças como a osteoporose, o raquitismo, a esclerose múltipla e, também, a doenças cardiovasculares. O grau de Unidades Internacionais (UIs) recomendadas para se absorver por dia divide opiniões médicas. O Institute of Medicine, que emite as recomendações seguidas nos EUA e no Canadá, sugere o consumo de 600 UIs de vitamina D por dia. Já um estudo publicado no periódico “Nutrients” recomenda 7.000 UIs. No conceituado Hospital Sírio-Libanês, o ginecologista Alexandre Pupo sugere às suas pacientes entre 800 e 1.000 UIs.
O meio mais eficaz para a absorção da vitamina continua sendo o sol: de 5 a 10 minutos de exposição dos braços e das pernas, sem protetor, garantem cerca de 3.000 UIs. Para o neurologista e professor da Unifesp, Cícero Coimbra, “a palavra-chave é tempo. É só não se expor demais. Uma solução é não sair de casa de protetor, passar uns minutos depois”.
O bom senso é o melhor a se praticar em determinados casos. Sabe-se que o excesso de exposição ao sol por pessoas já predispostas, além de causar fotoenvelhecimento, pode levar ao câncer. Da mesma maneira, a deficiência de vitamina D pode predispor os indivíduos a inúmeras doenças, inclusive o câncer. Essa vitamina é tão importante para o organismo do ser humano que seu uso em doses elevadas tem propiciado sucesso no tratamento de doenças autoimunes.
Eu, que fico de 10 a 12 horas dentro do consultório, faço a reposição da vitamina D em gotas, o que mantém os meus níveis dentro da normalidade. Converse com seu médico e encontre a melhor maneira de deixar não apenas a vitamina D, mas todas as vitaminas e os minerais do corpo em um nível normal.
Fonte: “Folha de S. Paulo”